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Compromisso e desafios na agenda ambiental do Brasil em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, instituído pela ONU em 1972, o IBAM vem reiterar seu compromisso com o apoio à construção de alternativas ambientalmente sustentáveis na formulação das políticas públicas. Neste primeiro quarto do século XXI, a agenda ambiental tornou-se absolutamente central para se pensar o presente e o futuro do planeta. Em tempos de aceleração das mudanças do clima, é necessário se repensar modelos de desenvolvimento e práticas de exploração dos recursos naturais que comprometem o equilíbrio dos sistemas ambientais.

O Brasil se destaca no cenário mundial pela liderança no debate das questões ambientais e pela contribuição inestimável que vem oferecendo ao mundo nas últimas décadas com sua política ambiental, em especial para a Amazônia, apesar de todos os desafios. Sem dúvida, há muito a avançar. O combate ao desmatamento e a regeneração das florestas são políticas fundamentais para se cumprir o compromisso brasileiro de redução das emissões líquidas de gases do efeito estufa. Da mesma forma, o ordenamento do território é política essencial que deve orientar de forma responsável as mudanças de usos de solo, combatendo a especulação fundiária e valorizando a sociobiodiversidade em todos nossos biomas e assegurando a preservação de nossos recursos hídricos, bens inestimáveis à vida do planeta. Para tanto, é preciso reforçar os instrumentos que estruturam a política ambiental, em especial o licenciamento ambiental, e, ao mesmo tempo, fortalecer os órgãos de meio ambiente nas três esferas de governo.

Nas cidades, onde os impactos dos eventos climáticos extremos tendem a ser mais sentidos e, muitas vezes, mais severos, as estratégias de adaptação são essenciais e devem ser pensadas de modo a contribuir para a redução das desigualdades sociais e para o conforto ambiental nos espaços urbanos. No final do ano, o país sediará a COP30 e as expectativas são de que o Brasil possa reiterar seu compromisso com a agenda ambiental bem como colaborar nas negociações para que os demais países, principalmente os mais desenvolvidos, assumam seus compromissos com a redução de emissões e com o financiamento de ações de adaptação nos países mais pobres e em desenvolvimento.